A
mudança comportamental e algo que envolve o desejo de viver sem culpas e o
reconhecimento da necessidade de eliminar de nossa vida aquilo que nos faz mal.
Só
conseguiremos fazer uma tomada de atitude quando compreendermos que há algo em
nós que nos impede de traçar o caminho rumo à felicidade e a realização
pessoal. O conformismo com uma realidade conflituosa nos impede de sentir
necessidade de sair de nossa zona de conforto e enfrentarmos o que de verdade
nos aflige.
É
muito frequente, quando colocamos nosso observador interior em ação,
percebermos que fatos do nosso passado causam padrões de comportamento e ou sentimentos
no presente. Entretanto, quando nos apropriamos destes comportamentos e sentimentos
de experiências vividas no passado podemos decidir o que faremos com eles, pois
somos os responsáveis pela nossa felicidade.
Para
Powell (1999, p.69),
Nada
nem ninguém pode produzir um sentimento especifico em mim. Pessoa alguma ou coisa
alguma pode provocar-me raiva, a não ser que haja raiva dentro de mim. Da mesma
maneira, nenhuma outra pessoa, ou coisa, poderá tornar-me alegre, se não existir
alegria dentro de mim. Outros poderão apenas estimular o que já possuo.
Sendo
assim, somente um desejo de sincero de mudança nos alavancará para a busca de
respostas em fatos passados para compreender o porquê de nossas reações
presentes. Muitas vezes, nossas reações e sentimentos são lançados sobre os
outros como se fossem culpados de nossos conflitos interiores. Projetamos no
outro nossos fracassos sem retomar as rédeas de nossos sentimentos.
Ninguém
nasce pronto neste universo. Assim como a pedra precisa ser polida para brilhar
intensamente (vale lembrar que ela é “ferida” neste processo) algumas vezes, há
necessidade de “colocarmos o dedo” em nossas feridas do passado para encontrar
respostas aos nossos traumas do presente. É um processo doloroso, mas quando
decidimos quais sentimentos desejamos sentir, certamente encontraremos forças
para buscar caminhos que nos liberte e nos torne agentes de nosso destino.
Todos
nós temos algo em nosso passado que nos incomoda e que precisamos ser capazes de
liberar. A motivação deve ser sempre a conquista de uma paz interior que permita nos mantermos no controle de nossas emoções, tornando-nos pessoas melhores e
capazes de construir relações saudáveis com os outros.
Nossos comportamentos podem mudar...Depende só de nós o fortalecimento da força e da coragem na luta pela cura interior de nossas piores mazelas... Ou deixarmos que elas nos destruam um pouco a cada dia e nos tirem o que temos de melhor: as oportunidades de uma vida saudável, serena e feliz!
Referência
Powell, John. Decifrando o enigma do eu. Ed.2, Belo Horizonte: Crescer, 1999.
Powell, John. Decifrando o enigma do eu. Ed.2, Belo Horizonte: Crescer, 1999.