A política educacional,
dos últimos anos, tem deixado muito a desejar. O sistema escolar, a engrenagem
que move o processo ensino aprendizagem direta ou indiretamente: currículo, regimento escolar, resolução de
distribuição de aulas, processo de formação de turmas, leis que regulamentam a
carreira profissional dos trabalhadores em educação do Estado do Paraná, enfim
as políticas educacionais não estão alinhados de forma que favoreçam o pleno desenvolvimento
do aluno.
Os pais precisam saber
o que está “por trás da cortina” dos discursos políticos eleitoreiros a respeito da educação:
- As instituições de ensino estão
sucateadas em relação a material didático (laboratórios de informática que não funcionam, escolas com ensino médio sem laboratório de Ciências), na maioria delas não há um espaço físico adequado e nem recursos humanos
necessários ao bom andamento da rotina escolar e isso compromete a aprendizagem. As escolas que estão
melhores aparelhadas e com espaços físicos mais organizados são as APMS que as mantem;
- Há um índice de rendimento escolar insuficiente em
relação ao que o aluno deveria saber e o que ele realmente domina em cada série em curso. O alto índice de aprovação de
algumas escolas é fruto da prática da aprovação por conselho de classe: o
sistema educacional mantém as salas superlotadas e sem equipe de apoio para
acompanhar os alunos problemas que não permitem que todos aprendam e depois
exige aprovação para alunos sem a menor condição de acompanhar a série
seguinte. A consequência disso é que
estamos vendo nossos alunos terminarem o ensino médio e não conseguirem vaga
nas universidades públicas porque não possuem conhecimento cientifico
suficiente.
- Grande parte dos
alunos portadores de necessidades especiais de aprendizagem está fora de
atendimento em programas de aceleração porque as escolas não possuem tais
programas e, muitas vezes, os NREs nem tem recursos humanos o suficiente para
avaliar a demanda, sem contar aqueles que, de tão lotadas que as turmas estão,
os professores não conseguem identificá-los;
-Programas de apoio, só
são autorizados depois que os alunos já perderam o ritmo da turma. Isso quando
são autorizados.
-Há um alto índice de
professores doentes e afastados devido
ao desgaste emocional e frustração de
desejarem ensinar e não conseguirem atender os alunos que desejam aprender por
causa da falta de recursos humanos disponíveis que atendam às demandas das
escolas de acordo com o número de alunos, entre outros fatores.
-Com frequência,
servidores públicos que trabalham na Educação são forçados a paralisar as atividades
para manterem direitos já assegurados por lei. Fato este que gera um constante
desgaste emocional e físico porque ninguém é de ferro.
Porém, senhores pais, um candidato jamais vai afirmar que ele tem alguma coisa a ver com isso tudo. Aqueles que deveriam estar suprindo as necessidades educacionais do estado recorrem a todos os meios para assegurar que a sociedade não conheça esta dura realidade!
Enquanto estivermos de braços cruzados diante de tudo isso, veremos a violência crescer assustadoramente, porque num país "sem leis", vence o mais forte com as "armas" que tem!
Por tudo isso: #eutônaluta