5 de março de 2015

Pais e a sociedade devem apoiar a greve.

A política educacional, dos últimos anos, tem deixado muito a desejar. O sistema escolar, a engrenagem que move o processo ensino aprendizagem direta ou indiretamente:  currículo, regimento escolar, resolução de distribuição de aulas, processo de formação de turmas, leis que regulamentam a carreira profissional dos trabalhadores em educação do Estado do Paraná, enfim as políticas educacionais não estão alinhados de forma que favoreçam o pleno desenvolvimento do aluno.
Os pais precisam saber o que está “por trás da cortina” dos discursos políticos eleitoreiros a  respeito da educação:
- As instituições de ensino estão sucateadas em relação a material didático (laboratórios de informática que não funcionam, escolas com ensino médio sem laboratório de Ciências), na maioria delas não há um espaço físico  adequado  e nem  recursos humanos necessários ao bom andamento da rotina escolar e isso  compromete a aprendizagem. As escolas que estão melhores aparelhadas e com espaços físicos mais organizados  são as APMS que as mantem;
- Há um índice  de rendimento escolar insuficiente  em relação ao que o aluno deveria saber e o que ele realmente domina  em cada série  em curso. O alto índice de aprovação de algumas escolas é fruto da prática da aprovação por conselho de classe: o sistema educacional mantém as salas superlotadas e sem equipe de apoio para acompanhar os alunos problemas que não permitem que todos aprendam e depois exige aprovação para alunos sem a menor condição de acompanhar a série seguinte. A consequência  disso é que estamos vendo nossos alunos terminarem o ensino médio e não conseguirem vaga nas universidades públicas porque não possuem conhecimento cientifico suficiente.
- Grande parte dos alunos portadores de necessidades especiais de aprendizagem está fora de atendimento em programas de aceleração porque as escolas não possuem tais programas e, muitas vezes, os NREs nem tem recursos humanos o suficiente para avaliar a demanda, sem contar aqueles que, de tão lotadas que as turmas estão, os professores não conseguem identificá-los;
-Programas de apoio, só são autorizados depois que os alunos já perderam o ritmo da turma. Isso quando são autorizados.
-Há um alto índice de professores doentes e  afastados  devido ao desgaste emocional e  frustração de desejarem ensinar e não conseguirem atender os alunos que desejam aprender por causa da falta de recursos humanos disponíveis que atendam às demandas das escolas de acordo com o número de alunos,  entre outros fatores.
-Com frequência, servidores públicos que trabalham na Educação são forçados a paralisar as atividades para manterem direitos já assegurados por lei. Fato este que gera um constante desgaste emocional e físico porque ninguém é de ferro.
Porém, senhores pais, um candidato jamais vai afirmar que ele tem alguma coisa a ver com isso tudo. Aqueles que deveriam estar suprindo as  necessidades educacionais do estado recorrem a todos os meios para assegurar que   a sociedade  não conheça esta dura realidade!
Enquanto estivermos de braços cruzados diante de tudo isso, veremos a violência  crescer assustadoramente, porque num país "sem leis", vence o mais forte com as "armas" que tem!
Por tudo isso: #eutônaluta