27 de agosto de 2011

A discriminação racial escancarada nos índices do IBGE.

Somos frutos de uma cultura que cria estereótipos para manter o domínio dos opressores sobre os oprimidos. A discriminação  racial é uma pratica que oprime.
Os índices do IBGE apontam, numa análise entre 1993 e 2003, dados que retratam as disparidade  de condição de vida entre brancos e pretos ou pardo:

... analfabetismo de pretos e pardos (16,9%) ainda é mais que o dobro da dos brancos (7,1%)
[...]
... a distribuição por posição na ocupação em relação à cor ou raça manteve-se, em dez anos, desigual. Entre os brancos, houve pequeno crescimento no percentual de empregados (de 47,6% para 49,5%) e de empregadores (de 4,8% para 5,8%). Já pretos e pardos, apesar de apresentarem, em 2003, proporção de empregados (45,8%) bastante similar à dos brancos, tinham muito menos empregadores (2,2%). No entanto, em se tratando de trabalhadores domésticos, a proporção de pretos e pardos (9,6%) foi bastante superior à de brancos (6,1%)...
 [...]
Apesar do avanço em dez anos, o indicador que relaciona o rendimento médio dos ocupados com a média de anos de estudo, ainda é bastante desigual quando se leva em conta a cor ou raça. Entre os brancos que estavam trabalhando, a média de anos de estudo aumentou de 6,8 anos, em 1993, para 8,3 anos, em 2003, e o rendimento médio passou de 3,6 salários mínimos para 3,9 salários mínimos no período. Para pretos e pardos, a média de anos de estudo passou de 4,5 para 6 anos, e o rendimento, de 1,7 para 1,9 salários mínimos. Assim sendo, pode se concluir que, em 2003, pretos e pardos não tinham sequer alcançado a média de anos de estudo dos brancos em 1993. (IBGE. 2003)

Diante de tais índices, vale lembrar que é responsabilidade de todos a execução de ações a fim de reverter tais dados tão excludentes...
A educação tem uma parcela grande de responsabilidade em promover essas ações, enquanto agente de mudanças. Ela ensina as crianças de hoje como pensar, quando adultos, em ações que possam influenciar na vida da coletividade. No entanto, pensar numa coletividade onde todos tenham direitos iguais: homens e mulheres; brancos e negros; indígenas...
Clarice Fernandes
Professora de Língua Portuguesa
Especialista em Psicopedagogia
Especialista Didática e Metodologia de Ensino
e-mail: clrcfernan@gmail.com


Referência:
IBGE. Síntese dos Indicadores Sociais traz um retrato do Brasil em 2003. Disponível em www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=317  Acesso 14 fev 2010

23 de agosto de 2011

Desafios...

A vida é um constante desafio! Vivemos correndo riscos... Desafiando nossos medos para vencer os obstáculos que a vida nos impõe. Nossos desafios  nos perseguem desde o inicio da vida. Podemos fazer nossa escolha: aceitá-los  e vencê-los ou fugir deles sem saber se seriamos capazes de ultrapassá-los, sem conhecer nossas reais capacidades. Aceitá-los significa  acreditar em nós mesmos, em nossa capacidade de recriar, a cada dia, novas saídas para cada porta que se fecha a nossa frente. Os grandes vencedores só atingiram a vitória porque não se sucumbiram diante das primeiras barreiras que encontraram. Mas, para tanto, devemos acreditar em nós mesmos. Acreditar que somos capazes, que temos força, que ninguém conseguirá destruir nossos sonhos.
As escolhas que fazemos determinam em que espécie de homens nos tornaremos: covardes frustrados ou  brilhantes vencedores. Porém, frustrações fazem parte da vida do homem e, muitas vezes, elas são combustíveis para buscar novos caminhos e novas oportunidades de sucesso. Sucesso não acontece por acaso. É fruto de trabalho árduo e de muita persistência. Alguns grandes vencedores tiveram que refazer caminhos para obter a vitória. Outros tiveram que inventar novos caminhos ou  até mesmo recriar o jeito de caminhar. Por isso é preciso aprender a ensinar a arte de sonhar.
Os educadores precisam manter acesa a chama do sonhar uma sociedade mais humana e justa. É imprescindível acreditar que somos importantes construtores do conhecimento, embora não saibamos tudo. É importante fazer a escolha certa: insistir na  estimulação de nossas crianças e jovens para que mantenham  sua intensa  capacidade de sonhar e, acima de tudo, muitas vezes, ensiná-los a sonhar.
Sonhar é fazer projetos que nos propomos a executar. Projeto de vida: afetivo, familiar, profissional, social... Sonhar nos induz a criar metas e objetivos de vida. São os nossos objetivos  de vida quem direcionam as nossas escolhas. Só quem é capaz de sonhar consegue distinguir as alternativas certas de escolhas para vencer os grandes desafios impostos pela vida.
Clarice Fernandes
Professora de Língua Portuguesa
Pós graduada em: Didática e Metodologia de Ensino e em Psicopedagogia