5 de julho de 2020

Covid 19: pandemia&ciclone


Não saberia comparar a nenhum filme de terror ou ficção cientifica o que estamos vivenciando nos dois últimos anos.
Depois de anos de avanços na área da tecnologia e Ciência, em 2019, brasileiros fazendo a defesa da teoria da terra plana, as tentativas de destruição das Educação e das Universidades Públicas... Foi uma das maiores amostras da ignorância na atualidade. Politicas de inclusão deixaram de ser prioridade, desmatamento e perca de direitos trabalhistas foi primazia em ações de governos estaduais e federal.
 Em nome do desenvolvimento econômico, até mesmo muitos trabalhadores apoiaram o movimento de destruição de seus direitos. Acreditavam que tais ações gerariam mais empregos.
Entretanto, 2020 superou-se...
Veio a pandemia, quarentena, defesa da economia em detrimento da vida... A guerra da Ciência versus achismo de autoridades e das elites brasileiras.
Enquanto cientistas orientavam para que a população seguissem os norteadores da OMS (Organização Mundial da Saúde), ocupantes de cargo políticos (eleitos pelo povo) afirmavam que era preciso cuidar da economia, pois a fome matava mais que a covid 19.
Entre os conflitos, debates, mortes que se acentuaram (64.867 mortes; 1.603.055 casos confirmados em 05/072020); na semana anterior veio o ciclone na região sul do Brasil. Casas destruídas, mortes,desalento...
Algumas perguntas, de súbito, pairaram em meus pensamentos: as pessoas recuperar-se-ão de do desastre do tempo? Conseguirão reerguerem-se em meio aos bens materiais perdidos?
Recuperar-se-ão sim! Levantar-se-ão sim! Porque onde há vida, há luta! Onde há luta, guerras são vencidas com a união e o trabalho do povo.
O que pandemia tem a ver com as perdas de bens e mortes consequências da passagem do ciclone? Se as pessoas percebessem a pandemia como um desastre que destrói o que vê pela frente (no caso, a vida), e fossem capazes de se empenhar em ajudar as pessoas que precisam como fazem quando acontecem desastres naturais a quarentena daria certo e duraria menos porque juntos somos capazes de nos reinventar e superar problemas.
 Os que defendem a economia entenderiam que a economia se recupera, corpos não se ressuscitam!





Confira os últimos números do levantamento do Conselho Nacional de Secretários da Saúde e do Ministério da Saúde sobre a pandemia do novo coronavírus no país.https://olhardigital.com.br/coronavirus/noticia/covid-19-brasil-tem-602-novas-mortes-em-24h-total-de-obitos-ultrapassa-64-mil/98089. Acesso05 jul 2020
Ciclone bomba: como choque de massas formou fenômeno que devasta Sul do sul país.https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/07/02/ciclone-bomba-como-choque-de-massas-formou-fenomeno-que-devasta-sul-do-pais.ghtml. Acesso 05 jul 2020

25 de junho de 2020

Covid 19: vida&morte


Sempre admirei as pessoas capazes de escolher as palavras certas para expressar seus sentimentos. Não domino essa arte ...
Quisera ter o dom de expressar a avalanche de sentimentos que me invadem durante os últimos tempos. Mas não consigo, pois tenho que escolher dizer  o que sinto, sem  que, de alguma  forma,  não  pareça estar atacando alguma pessoa  a quem estimo muito.
Os sentimentos são contraditórios.
Como falar em esperanças, quando a morte é certa para muitos...
Como falar  em liberdade, quando vemos nossos idosos, na fase mais  gratificante da vida, sendo aprisionados em suas casas se quiserem sobreviver.
Como falar em amar o próximo, quando vemos as egoístas ações humanas incapazes de pensar na prevenção coletiva e proteção a vida.
Como falar em  políticas públicas  quando vemos governos,  em esferas superiores, necessitar ser obrigados a respeitar normas básicas de cuidados, quando deveriam pratica-las por educação e não por obrigação judicial.
Muitas vezes, sinto um misto de revolta e raiva. Ainda assim, lembro que  “palavras são sementes jogadas ao vento” como dizia uma querida professora em tempos de escola. Sou obrigada a forçar a mim mesma a acreditar que “tudo isso vai passar”.
Eu sei que vai passar porque outras pandemias passaram em outros tempos...
Mas também sei que a quantidade de  vidas ceifadas naqueles tempos se devia ao desconhecimento da ciência e da tecnologia. Hoje  somos capazes de fazer muito mais em defesa da vida. É possível projetar os cenário futuros. No entanto, sabemos que  se faz  pouco diante do muito que se podia fazer...
A ignorância, em todos os segmentos (econômico, social, político, religioso, judicial)  permite um avanço incontrolável  de uma pandemia que tinha tudo pra ser controlada...
A economia fala mais alto “o comercio não pode parar”.
Muitos religiosos afirmam “os templos religiosos não podem parar”.
Políticos em todas as esferas, preocupados com as eleições futuras,   criam conflitos  visando tumultuar atendimento às recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e ainda há os que desviam verbas que deveriam ser utilizadas para salvar vidas. O governo federal não acredita na Ciência e subestimou  o potencial de contaminação  doença.
A crise na saúde foi tratada de forma inadequada e a justiça não foi capaz de agir em tempo hábil para  assegurar medidas efetivas para salvar mais vidas.
Flexibiliza-se   a circulação de pessoas antes de ter a pandemia sob controle.
No Brasil, foi confirmado o  primeiro caso de coronavírus no dia 26 de fevereiro. Paciente é um homem de 61 anos que viajou à Itália, e deu entrada no Hospital Albert Einstein no dia anterior.
Hoje, 25/06/2020,  o Brasil soma 53.874  mortos por covid19.
Porém, os estados seguem “avaliando” para tomar medidas efetivas para salvar vidas, enquanto famílias seguem se despedindo de seus ente queridos. 
Triste...