Clarice Fernandes (06/03/2021)
A
pandemia da covid iniciou-se no Brasil em janeiro de 2020. Desde então, vivemos
em constante crescimento em relação à contaminação da doença. Seus sintomas que
inicialmente se agravavam mais em idosos acima de 60 anos, devido às mutações
do vírus, hoje já atinge jovens e adultos, levando a necessidade de internamento
uma faixa etária a partir de 18 anos, com quadros graves da doença.
Muitos
fatores contribuíram para a expansão desta pandemia. Porém, o negacionismo,
por partes de autoridades que se recusaram a incentivar medidas preventivas,
pode ter sido uma das maiores contribuições para o terror que estamos vivendo.
Há
que se destacar que campanhas anticiência e antivacina foram inúmeras. Desde a
descrença ao efetivo sucesso da vacina a crises internacionais com países que
desenvolvem vacinas.
Diante
do poder mediático de várias autoridades, em relação ao desrespeito ao uso de
mascaras e aglomerações, fomos assistindo, no dia a dia, o crescimento do número
de mortes e a ocupação dos leitos de hospitais.
A
crença de que tratamento precoce assegura a não contaminação levou grande parte
de pessoas jovens a se sentirem seguras para viver a vida como se não houvesse
a pandemia.
A
força do capital, que gera a economia e domina a classe trabalhadora, forçou
governos e prefeitos a tardia tomada de medidas preventivas necessárias para
reduzir os índices de contaminação.
Chegamos
ao mês de janeiro de 2021, com um colapso da saúde em Manaus. Segundo jornais, foram 28 óbitos,
em um só dia, por falta de oxigênio. Ainda que, em dias anteriores a tragédia
anunciada, a região tivesse recebido a visita do Ministério da Saúde,
isso não impulsionou satisfatoriamente medidas capazes de solucionar o
problema. E foi assim que se iniciou o colapso. Pacientes de Manaus começaram a
serem encaminhados a outras cidades e estados pelo pais afora, onde havia leitos
vagos. Cientistas alertaram para a necessidade de medidas urgentes para evitar
que as demais regiões repetissem o ocorrido, mas suas orientações foram
ignoradas.
Outros
fatores contribuíram para a expansão da contaminação: as festas de final de ano e o feriado
de carnaval se encarregaram do resto.
Muitos
acreditaram que “deviam deixar de mimi" e seguir a vida: viajaram à
praias, fizeram festas, participaram de eventos sociais como se nada estivesse
acontecendo.
No
entanto, a vida não seguiu para muitos brasileiros. Em março de 2021, o Brasil
já contabilizava mais de 260.000 óbitos pela covid. Foi neste período que o colapso
atingiu todos os estados brasileiros. Noticias de várias partes do país já
relatam casos de morte por falta de leitos de UTI. Médicos plantonistas estão sendo
obrigados a escolher qual vida será salva, em alguns casos. Profissionais que trabalham na
distribuição de leitos choram ao fazer seus relatos, pois sabem que, entre os que aguardam
leitos, muito não sobreviverão. A sobrecarga de trabalho deixa extasiados os
profissionais que estão na linha de frente. A população vive o pânico de não saber se encontrará ajuda em
caso de contaminação com agravamento de saúde. Em algumas regiões, já se registram óbitos em residências
devido à doença.
A
população segue inerte, como se não houvesse saída: “ou se morre contaminado ou
de fome” dizem.
Entretanto,
temos que lutar pela vida, acreditar que há saída, só precisamos de capacidade
administrativa por parte das autoridades competentes para buscar soluções viáveis.
O
Brasil esta entre as 10 maiores economias mundiais. Há recursos. Há cientistas competentes.
Possui laboratórios capazes de produzir vacinas. Tem a rede SUS de Saúde capaz
de imunizar a população, caso vacinas sejam disponibilizadas. Tem um povo
guerreiro que nunca foge a luta.
Perdemos mais brasileiros para a covid que muitos países perderam em suas guerras. Não
podemos deixar a nossa bandeira seguir manchada com o sangue do nosso povo, pagando
com a vida o nosso silencio: #vacinaja
Fonte
“Está morrendo gente? Tá. Lamento. Mas vai
morrer muito mais se a economia continuar sendo destroçada', diz Bolsonaro.” https://oglobo.globo.com/brasil/esta-morrendo-gente-ta-lamento-mas-vai-morrer-muito-mais-se-economia-continuar-sendo-destrocada-diz-bolsonaro-1-24426281
Covid: novo colapso em Manaus acende alerta de que
país pode repetir caos. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/01/08/covid-novo-colapso-em-manaus-acende-alerta-de-que-pais-pode-repetir-caos.htm
acesso 06 de mar 2021
Novas cepas, a marca de 260 mil mortos por Covid no Brasil e mais de 5
de março. https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/03/05/novas-cepas-a-marca-de-260-mil-mortos-por-covid-no-brasil-e-mais-de-5-de-marco
Acesso06 de marc 2021.